04/05/2009

Eu

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre imcompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguem vê...
Sou a que chamam triste sem ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Florbela Espanca

1 comentário:

  1. hey patty!
    também aderiste à "blogmania" :)

    agora virando-me para o poema, isto não define o teu EU, parece-me, ou então talvez sim, somos sempre diferentes daquilo que mostramos ou representamos!

    e agora em tom de despedida , espero que continues a postar porque gosto de ler e boa sorte nesta coisa dos blogs!

    bjinho

    ResponderEliminar